Dinorah Tomaz Ramos
Filha do Tabelião Francisco Tomaz e Dona Marieta, Dinorá Tomaz Ramos, a mulher, no lar - esposa e mãe exemplar; na sociedade - a Mestra culta e amiga; na Câmara - a fibra de primeira vereadora do Ceará, na Academia de Letras - poetisa primorosa. Com o Tio, Padre Antonio Tomaz, aprendeu a ler e escrever três línguas, além de versejar como ele. Tocava violino e bandolim e a musicalidade ficou em sua poesia. Aos 15 anos de idade era professora em Sobral. Foi diretora da Escola Municipal e Técnica São José, professora dos Colégios Sobralense, Sant'Ana, São José Estadual e Faculdades de Filosofia e Ciências Contábeis - UVA e promotora da Comarca de Sobral. Publicou: Padre Antonio Tomaz - Príncipe dos Poetas e Anel de Giges (sonetos e poemas). Sua arte poética tem duas fases: o Parnasiano e o Modernismo. Eis portanto, a justa homenagem que a Prefeitura faz à sua memória, nominando a nova escola que será construída no Bairro da Santa Casa.
Ela publicou em 1950 o livro “Padre Antônio Thomaz – príncipe dos poetas cearenses”. Vide carta de Dinorá para Nicodemos Araújo, datada de 17 de agosto de 1950, sobre esse livro: “Finalmente venho trazer-lhe o “Padre Antônio Thomaz”, após uma “luta insana” para conseguir arrancá-lo da Editora. Envio-lhe 68 volumes empacotados para venda, mais um que lhe ofereço. Queria mandar-lhe 100 volumes, mas a editora não tem ainda. Caso vc. não venda todos, poderá devolver sem constrangimento, pois tirei uma edição de apenas 1.500 e não vai chegar para ninguém. Já distribuí mais de 250 e tenho pedidos para o Sul de 500. Desejo sua Apreciação pela imprensa; sentir-me-ei honrada se a fizer. Com meus agradecimentos antecipados e cumprimentos cordiais para Alice. Sou com estima Dinorá Ramos”. Segundo informa o poeta Nicodemos Araújo, seu primeiro trabalho publicado foi o soneto intitulado “Virgem Imaculada”, inserto no jornal “A Comuna”, em sua edição de 15 de maio de 1923. Em conseqüência de seu entusiasmo pelo jornalismo, a 1º de maio de 1933, auxiliado pelo companheiro João Venceslau Araújo (Joca Lopes), o poeta funda em Bela Cruz, um jornalzinho quinzenário, intitulado ALVORADA, folha que circulou pontualmente até novembro de 1934, época em que o poeta passou a residir em Acaraú. No que se relaciona com o desenvolvimento da música, na cidade de Acaraú, muito pouco temos a registrar. Sim, porque não existe ali uma escola destinada ao ensino da música. Apenas as Bandas de Música que existiram na cidade ao longo do tempo, desde o século dezenove, e os cânticos litúrgicos da igreja, têm marcado o gosto por essa arte de tão elevada importância no setor cultural. Entretanto, com relação à poesia, os acarauenses têm razões para se orgulhar. Isto porque, temos o saudoso Padre Antônio Thomaz, filho de Acaraú, e que ali exerceu o cargo de Vigário durante trinta anos, e que, em concurso promovido pela revista Ceará Ilustrado, em 1925, foi eleito Príncipe dos Poetas Cearenses. Esse fato como que despertou a veia poética que jazia latente, entre vários acarauenses. Desde então vem se desenvolvendo o gosto pela poesia, onde marcaram destaque os poetas Rodrigues de Andrade, Junqueira Grarany, Dedek Fontenele, Francisco Felipe Rocha, Dinorá Tomaz Ramos, Francisco José Ferreira Gomes, João Damasceno Vasconcelos e Dimas Carvalho, com vários livros publicados. Outro fator também positivo no incremento cultural de Acaraú foi, como já dissemos, durante meio século, a imprensa, através dos jornais que ali se imprimiram, e que constituíram veículos marcantes na esfera intelectual do município. A 1º de janeiro de 1935, Nicodemos inscreve-se como jornalista, na Associação Cearense de Imprensa, e a 19 de abril de 1956 a A.C.I. deu-lhe a Carteira de Redator. Durante o período de 1º de maio de 1948 a 15 de fevereiro de 1958, desempenhou as funções de redator-chefe do jornal “O ACARAÚ” que tinha por objetivo propugnar pelos legítimos interesses da Região do Vale do Acaraú. Entre os Jornais e revistas em que tem colaborado, destacamos: “Alvorada” e “Correio de Bela Cruz”, de Bela Cruz; “A Comuna”, “O Acaraú”, “Aurora”, “Helianto” e o “Palhaço”, de Acaraú; “Camocim Jornal”, de Camocim; “A Luz”, de Ubajara;“ A Ordem”, “A Luta”, “Correio da Semana” e “Revista da Academia”, de Sobral; “A Resposta”, “Almanaque Ítalo-Brasileiro”, do Rio de Janeiro; “Cruzeiro do Sul”, do Acre; “Mensageiro da Fé”, da Bahia; “Correio do Ceará”, “O Povo”, “Gazeta de Notícias”, “O Nordeste”, “O Ceará” e “Anunciação”, de Fortaleza. Tendo também cultivado a arte de Edipo, colaborou com charadas, logogrifos e enigmas, nas seguintes publicações: – “Almanaque das Senhoras”, de Lisboa; “Almanaque Mensageiro da Fé”, da Bahia; “Almanaque Ítalo-Brasileiro”, do Rio de Janeiro e “Almanaque da Parnaíba”, do Piauí”. Seu nome para tudo quanto tem escrito é apenas Nicodemos Araújo, no entanto tem usado os seguintes pseudônimos: K. Lado, B. Zouro, Naraújo, A.Gulha. A arte cênica também contribuiu para a evolução da vida cultural da sociedade acarauense. Grupos amadores de teatro ali representavam peças de boa qualidade, obtendo casa cheia, tal era o interesse dos amigos da cultura e da arte cênica. E foram esses grupos teatrais que, no dia 2 de maio de 1915, entregaram à sociedade acarauense, o “Recreio Dramático Familiar”, que ali marcou época mais de meio século. Sua sede própria só foi inaugurada a 7 de setembro de 1922. Estiveram à frente desse empreendimento os srs. Américo Rocha, Dico Guilherme, Manoel Lousada e Vicente Araújo. Em 1962, após um período de quase paralisação, “O Recreio” foi reorganizado, sendo eleita nova diretoria, tendo como presidente o poeta Francisco José Ferreira Gomes e Vicente Araújo como presidente honorário. Atendendo o Projeto de Lei nº 686/89, em 1998 foi feita uma reforma total do imóvel, mantendo-se as linhas originais da fachada, inaugurando-se ali uma Biblioteca Pública, informatizada; com apreciável acervo bibliográfico, denominada Biblioteca Pública Poeta Nicodemos Araújo.
Ela publicou em 1950 o livro “Padre Antônio Thomaz – príncipe dos poetas cearenses”. Vide carta de Dinorá para Nicodemos Araújo, datada de 17 de agosto de 1950, sobre esse livro: “Finalmente venho trazer-lhe o “Padre Antônio Thomaz”, após uma “luta insana” para conseguir arrancá-lo da Editora. Envio-lhe 68 volumes empacotados para venda, mais um que lhe ofereço. Queria mandar-lhe 100 volumes, mas a editora não tem ainda. Caso vc. não venda todos, poderá devolver sem constrangimento, pois tirei uma edição de apenas 1.500 e não vai chegar para ninguém. Já distribuí mais de 250 e tenho pedidos para o Sul de 500. Desejo sua Apreciação pela imprensa; sentir-me-ei honrada se a fizer. Com meus agradecimentos antecipados e cumprimentos cordiais para Alice. Sou com estima Dinorá Ramos”. Segundo informa o poeta Nicodemos Araújo, seu primeiro trabalho publicado foi o soneto intitulado “Virgem Imaculada”, inserto no jornal “A Comuna”, em sua edição de 15 de maio de 1923. Em conseqüência de seu entusiasmo pelo jornalismo, a 1º de maio de 1933, auxiliado pelo companheiro João Venceslau Araújo (Joca Lopes), o poeta funda em Bela Cruz, um jornalzinho quinzenário, intitulado ALVORADA, folha que circulou pontualmente até novembro de 1934, época em que o poeta passou a residir em Acaraú. No que se relaciona com o desenvolvimento da música, na cidade de Acaraú, muito pouco temos a registrar. Sim, porque não existe ali uma escola destinada ao ensino da música. Apenas as Bandas de Música que existiram na cidade ao longo do tempo, desde o século dezenove, e os cânticos litúrgicos da igreja, têm marcado o gosto por essa arte de tão elevada importância no setor cultural. Entretanto, com relação à poesia, os acarauenses têm razões para se orgulhar. Isto porque, temos o saudoso Padre Antônio Thomaz, filho de Acaraú, e que ali exerceu o cargo de Vigário durante trinta anos, e que, em concurso promovido pela revista Ceará Ilustrado, em 1925, foi eleito Príncipe dos Poetas Cearenses. Esse fato como que despertou a veia poética que jazia latente, entre vários acarauenses. Desde então vem se desenvolvendo o gosto pela poesia, onde marcaram destaque os poetas Rodrigues de Andrade, Junqueira Grarany, Dedek Fontenele, Francisco Felipe Rocha, Dinorá Tomaz Ramos, Francisco José Ferreira Gomes, João Damasceno Vasconcelos e Dimas Carvalho, com vários livros publicados. Outro fator também positivo no incremento cultural de Acaraú foi, como já dissemos, durante meio século, a imprensa, através dos jornais que ali se imprimiram, e que constituíram veículos marcantes na esfera intelectual do município. A 1º de janeiro de 1935, Nicodemos inscreve-se como jornalista, na Associação Cearense de Imprensa, e a 19 de abril de 1956 a A.C.I. deu-lhe a Carteira de Redator. Durante o período de 1º de maio de 1948 a 15 de fevereiro de 1958, desempenhou as funções de redator-chefe do jornal “O ACARAÚ” que tinha por objetivo propugnar pelos legítimos interesses da Região do Vale do Acaraú. Entre os Jornais e revistas em que tem colaborado, destacamos: “Alvorada” e “Correio de Bela Cruz”, de Bela Cruz; “A Comuna”, “O Acaraú”, “Aurora”, “Helianto” e o “Palhaço”, de Acaraú; “Camocim Jornal”, de Camocim; “A Luz”, de Ubajara;“ A Ordem”, “A Luta”, “Correio da Semana” e “Revista da Academia”, de Sobral; “A Resposta”, “Almanaque Ítalo-Brasileiro”, do Rio de Janeiro; “Cruzeiro do Sul”, do Acre; “Mensageiro da Fé”, da Bahia; “Correio do Ceará”, “O Povo”, “Gazeta de Notícias”, “O Nordeste”, “O Ceará” e “Anunciação”, de Fortaleza. Tendo também cultivado a arte de Edipo, colaborou com charadas, logogrifos e enigmas, nas seguintes publicações: – “Almanaque das Senhoras”, de Lisboa; “Almanaque Mensageiro da Fé”, da Bahia; “Almanaque Ítalo-Brasileiro”, do Rio de Janeiro e “Almanaque da Parnaíba”, do Piauí”. Seu nome para tudo quanto tem escrito é apenas Nicodemos Araújo, no entanto tem usado os seguintes pseudônimos: K. Lado, B. Zouro, Naraújo, A.Gulha. A arte cênica também contribuiu para a evolução da vida cultural da sociedade acarauense. Grupos amadores de teatro ali representavam peças de boa qualidade, obtendo casa cheia, tal era o interesse dos amigos da cultura e da arte cênica. E foram esses grupos teatrais que, no dia 2 de maio de 1915, entregaram à sociedade acarauense, o “Recreio Dramático Familiar”, que ali marcou época mais de meio século. Sua sede própria só foi inaugurada a 7 de setembro de 1922. Estiveram à frente desse empreendimento os srs. Américo Rocha, Dico Guilherme, Manoel Lousada e Vicente Araújo. Em 1962, após um período de quase paralisação, “O Recreio” foi reorganizado, sendo eleita nova diretoria, tendo como presidente o poeta Francisco José Ferreira Gomes e Vicente Araújo como presidente honorário. Atendendo o Projeto de Lei nº 686/89, em 1998 foi feita uma reforma total do imóvel, mantendo-se as linhas originais da fachada, inaugurando-se ali uma Biblioteca Pública, informatizada; com apreciável acervo bibliográfico, denominada Biblioteca Pública Poeta Nicodemos Araújo.

Inauguração da Escola
'Dinorah Ramos'

Tereza Ramos
filha de Dinorah Ramos